quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Maragogi e Maceió, um roteiro TOP passando por Pernambuco, Alagoas e divisa com Sergipe.

Como de costume de uns anos pra cá, venho postando nossas viagens de férias que fazemos sempre em agosto. O mês é ótimo para otimizar custos porque é de baixa temporada, não costuma chover, na maioria das regiões o clima é estável e, cá entre nós, é um mês que parece ter 45 dias.

Esse roteiro foi pensado a partir de Maceió, Alagoas, onde se encontra a segunda maior barreira de corais do mundo, ou seja, praias com grandes piscinas naturais, águas mornas e tranquilas e com grandes opções de mergulho com cilindro ou apenas de flutuação, ambos indicados inclusive para quem não sabe nadar.

Quando começamos a pesquisar, vimos que a partir de Maceió tudo é tão pertinho que resolvemos esticar um pouco os dias e utilizar dois pontos de apoio para de hospedar: Maceió, no meio do Estado e Maragogi, que fica ao norte, fazendo divisa com Pernambuco.



Em nossas pesquisas também vimos que os passeios dependem muito do clima e da taboa das marés. Na região, o inverno ocorre entre março e agosto e se caracteriza pelas chuvas, o que dificulta fazer bons mergulhos por deixarem a água não tão cristalina como se vê nas fotos dos turistas que visitam a região. Mesmo assim, a temperatura é muito agradável e a água é morninha durante o inverno.

Pois bem, definimos o meio de agosto para garantir que não encontraríamos muita chuva e nos programamos de acordo com a taboa de marés no período, optando por se hospedar primeiro em Maragogi e depois em Maceió. Se não souber como funciona a taboa das marés e mergulho, clique aqui.

Alugar ou não alugar carro?
Não vale a pena. Para se chegar nas praias as estradinhas são esburacadas, com poças. Colocando na ponta do lápis, mesmo com kilometragem livre, há riscos. Perde-se tempo, aos que bebem traz certa limitação e soubemos de um caso na pousada que ficamos de um hóspede que enquanto dirigia num dos trajetos uma pedra pegou o farol e o quebrou. Prejuízo de R$ 450,00!

Vou detalhar nosso roteiro com dicas, erros e acertos, indicações e valores. Fomos em dois casais, o que reduziu bastantes nossos gastos.

São Paulo a Maragogi

Como chegamos

Nosso lema é economizar. Descobrimos que para chegar em Maragogi, o melhor a se fazer é ir pelo aeroporto de Recife. A Real Alagoas faz o trajeto e para quem vem por Recife, pode pegar o ônibus em frente ao aeroporto numa praça que fica a cinco minutos de caminhada ou pegar na rodoviária pelo valor de R$ 58,00 para o casal.

Chegamos de madrugada no aeroporto, o ônibus passaria na praça por volta das cinco da manhã, mas nos sentimos desconfortáveis em seguir à pé até a praça. Decidimos pegar um taxi até a rodoviária, o que nos custou R$ 30,00 por casal e o trajeto foi de 20 minutos.

Más impressões em Recife: ao chegar na rodoviária de madrugada nos deparamos com abandono e um forte cheiro de urina. Fomos até o guichê da Real Alagoas e pegamos o ônibus pinga-pinga caindo aos pedaços que vai parando na estrada. Uma viagem que duraria 2 horas, nos tomou 3 debaixo de desconfiança. Estávamos com bagagem, subia e descia um pessoal esquisito e certamente não foi uma boa escolha.

Recomendações: não chegue de madrugada, a não ser que tenha um receptivo contratado. Se chegar durante o dia, use o ônibus tranquilamente, mas o Expresso. Isso descobrimos depois, conversando com o pessoal da pousada. Certifique-se do lugar que será seu desembarque e acerte um transfer com a pousada. Geralmente as hospedagens ficam na orla ou próximas da orla e a distância da estrada até ela chega a 1 km.

Más impressões em Maragogi: para começar o ônibus pinga-pinga nos deixou na beira da estrada por volta das 7 da manhã. Atravessamos para o outro lado da estrada e pegamos uma rua sem asfalto, casas muitos simples, tudo muito esquisito. Nenhum taxi. Passamos por um ponto de vans que fazem transporte na região, o que no caso, foi nossa sorte. Nos viram perdidos e nos ofereceram uma carona até a pousada por R$ 15,00 o casal. Durante o trajeto nos perguntávamos se tínhamos feito a escolha certa em se hospedar na cidade. Serei sincera: mal planejada, casas simples e construídas desordenadamente, muitas das ruas sem asfalto, inclusive a da pousada que ficamos.


Hospedagem

Muitos vão à Maragogi e já pensam logo nos resorts que são caríssimos e chiquérrimos que dá até pena de sair de lá para conhecer a região. Como nosso perfil é de turista que gosta de conhecer ao máximo com pouca grana, optamos por pousada. Nossa escolha não poderia ter sido melhor pelo custo benefício. Maragolfinho fica pertinho da orla, cinco minutos a pé do centrinho, tem mercadinho ao lado e nos permitem abastecer o frigobar: boa, barata, equipe nota dez. Reservamos pelo Booking, veja aqui.

Chegamos antes do checkin, mas nos permitiram tomar o café da manhã sem custo. Assim que nossos quartos foram desocupados nos deixaram entram antes do horário. A pousada é simples e bem aconchegante. No primeiro dia ficamos no prédio onde tem a recepção e onde servem o café, mas nos demais dias pedimos para ficar no anexo que fica em frente e é onde está a piscina. Aí sim! Estrutura novinha de três andares com varanda de vidro e vista para a piscina e ao longe o mar.



O café da manhã é farto, janela com mar ao longe, e tem uma tia muito fofa que passa nas mesas e faz tapioca no sabor que escolher, na hora, fresquinha.

Depois de descansarmos o dono nos levou em sua caminhonete até o Restaurante Maragolfinho que também é da pousada e fica na orla, no centrinho. Almoço justo. Como eles também tem um catamarã, de lá partem os passeios para os Mergulhos nas Galés. Quem se hospeda na pousada tem desconto. Economia!


Olha o dono da Maragolfinho aí, gente!



Passeios

Toda pousada tem parceiros de turismo e nós demos sorte. Havíamos pesquisado depois do almoço pela orla os valores e as empresas e optamos por escolher a indicação da Maragolfinho, a ValTur.
A empresa é pequena, mas tem loga experiência porque o Val, guia e dono, trabalhou em outras agências por muito tempo, ou seja, tem experiência, carros vip e vans novas e o atendimento mais personalizado que tivemos de todas as viagens que fizemos.

Com o Val decidimos, de acordo com a taboa das marés, o melhor dia para cada passeio e ele nos deu dicas valiosas do que fazer e do que não fazer em Maragogi, porque muitos passeios são pega turistas, principalmente os de buggy intitulados de 7 praias (fuja desse passeio). Como estávamos em dois casais, conseguimos fechar os passeios em carro privativo por valor menor do que se tivéssemos fechado em outras empresas indo com van, ou seja, saíamos e voltávamos tranquilos curtindo bem mais e podendo até estender um pouco no horário.

Detalhe: pagamos tudo aos final no cartão de débito.
Olha o Val aí, gente.




O que fizemos estando em Maragogi

Aqui uma lista rápida dos passeios de dia inteiro, transfer vip, valores por casal. O link dos posts com descrição, custos extras e fotos coloco assim que postar:

Pela Maragolfinho
- Galés de Maragogi - R$ 100,00

Pela ValTur
- Porto de Galinhas, Pernambuco - R$ 115,00
- Porto das Pedras, Projeto Peixe Boi e São Miguel dos Milagres - R$ 90,00
- Carneiros - R$ 100,00
- Bugalhau e Ponta de Mangue - R$ 30,00 (não está na lista das empresas de turismo, mas é a melhor praia para banho e para relaxar)

Indicado pelo Val,
- São Bento e Restaurante do Mano - o restaurante veio nos buscar na pousada sem custo. Excelente para almoçar e tem o filé de lagosta mais barato da região.

Olha o Mano ai, gente!



Considerações e dicas sobre estadia em Maragogi: 
- Escolha mergulhar em Maragogi e não em Porto de Galinhas onde a visitação não é controlada e as águas ficam turvas pelo grande acesso de turistas. Opte pelo passeio de buggy e tome banho em Muro Alto, melhor praia da região de Porto. Na volta para Maragogi, pare no O Rei das Coxinhas.
- Galés de Maragogi: sem snorkel é perda de tempo,mas lá pode alugar. Se tiver como levar seu próprio snorkel, leve. Aluguei, mas fiquei com 'nojinho', mesmo dizendo que higienizam.
- Em Carneiros, ao lado do restaurante de apoio Bora Bora tem uma piscina natural onde se pode alugar snorkel por R$ 10,00 e ainda ganhar um copinho de camarões para atrair os peixinhos. Vi mais peixinhos ali, do que nas galés. Lembre-se do snorkel alugado e leve o seu (nojinho).
- Apesar de esquisita e mal planejada, a cidade é segura. A quantidade de motos de 50 cilindradas assusta, mas lá são como bicicletas e até crianças pilotam por não precisar de documentação ou habilitação.
- separe um dia ou dois para relaxar e para os passeios não convencionais como Ponta de Mangue e o almoço no Restaurante do Mano.
- Snorkel: se quiserem comprar em Maragogi, o preço é ok e mais em conta do que os modelos disponíveis pela internet. Custam em torno de R$ 80,00. Vale o investimento se quiser comprar, pena que soubemos disso quando já tínhamos mergulhado nas galés.

Dica de algo que fez toda a diferença: Câmera de ação subaquática.
A mais indicada é a famosa GoPro, mas como queríamos algo em conta e bom, depois de muita pesquisa e comparações entre os modelos disponíveis, encontramos a SJCAM 4000 com Wifi. Ela é chinesa, tem acessórios compatíveis com a GoPro e vem com vários acessórios como caixa estanque e suportes. Compramos na Bia Eletrônico que vende a SJCam original por R$ 560,00. Certifique-se de que a câmera que está levando é original consultando o firmware, o número que vem na caixa. Tem vários tutoriais no youtube de como usar e a comparação das filmagens entre a chinesa e a GoPro. Essa câmera fez toda a diferença nos mergulhos que fizemos.


Maragogi a Maceió

Como chegamos

Partimos pela manhã em carro vip pela ValTur que nos custou R$ 100,00 o casal por uma viagem tranquila de aproximadamente 2 horas. Chegamos debaixo da maior chuva que Maceió já teve nos últimos anos, segundo o pessoal do hotel. A chuva? O tempo estava cinza, fechado e com garoa. Nada que assustasse a nós, turistas paulistas, a não ser o fato de que o clima atrapalharia o restante do nosso roteiro.

Hospedagem

Escolhemos uma pousada baratinha, na Praia Ponta Verde, uma das melhores para se hospedar por a sua orla é tranquila, agitada e com várias opções de comidinhas para o jantar, já que durante o dia os almoços são durante os passeios. A região também fica ao lado da praia de Pajuçara, centrão badalado da capital, onde tem a famosa feira de Artesanato.

Ficamos hospedados no Gogó da Ema e fechamos pelo Booking, depois de ler muito as indicações, veja aqui. Mesmo com boas indicações, estando em lugar privilegiado, a pousada não nos deixou boas impressões. Nos colocaram num quarto com cheiro de mofo, velho. A pousada tem um clima meio 'sujinho' e precisa de reforma e mais cuidado.

O café é ok e é servido no restaurante da pousada que fica ao lado. Não almoçamos ou jantamos lá, ou seja, não tenho como indicar.

Passeios

Por ser na capital, esperava mais da pousada ao nos indicar e falar dos os passeios, diferentemente de Maragogi. Os funcionários eram despreparados e só nos indicavam a empresa parceira sem muita profundidade. Senti que estavam apenas interessados na comissão pela indicação. Mesmo assim, a empresa de turismo foi muito boa, e pelo visto, umas das melhores. Fizemos todos os passeios com a Maceió Turismo, mas dessa vez, nada de tratamento vip. E sair de van sabe como é: torcer para ser o último hotel a ser pego e o primeiro a ser deixado na volta.



O que fizemos em Maceió

Como chegamos debaixo de chuva fraca, aproveitamos para conhecer a região à pé e pesquisar os passeios e melhores dias para fazê-los. Já vínhamos de Maragogi com várias experiências e pudemos fazer uma triagem do que valia ou não a pena fazer.

Obrigatório, Gunga por ser uma das praias mais lindas do Brasil e dar uma chegada na Foz do Velho Chico e ver o encontro do rio inteiramente brasileiro com o mar.

Aqui também a lista rápida dos passeios de dia inteiro, com valor de van por casal. O link dos posts com descrição, custos extras e fotos coloco assim que postar:

Pela Maceió Turismo, fizemos dois passeios ao sul da capital, pagos no cartão de crédito
- 3 Praias (Francês, Barra de São Miguel e Gunga) - R$ 50,00
- Dunas do Marapé - R$ 180,00 transfer com almoço
- Foz do São Francisco - R$ 80,00
  nesse passeio é obrigatório o cataramã + almoço por R$ 100,00 o casal e é pago lá, em dinheiro.

Abaixo, o catamarã no São Franscisco.



Nos ofereceram o passeio à Hibisco, seguindo ao norte, mas por se tratar de praia particular na qual se deve pagar para entrar e a paisagem era a mesma do que ja tínhamos visto, optamos por não fazer. Escolhemos conhecer o norte de Alagoas, a partir de Maragogi.

Tínhamos dias vagos que reservamos para passear na orla e outro para comprinhas na Feira do Pajuçara.


Considerações e dicas sobre estadia em Maceió: 
- Cidade grande, boa infraestrutura, bons restaurantes.
- Como viemos de Maragogi, não vimos necessidade de mergulho na capital. As praias não são muito boas para banho.
- Noite agitada com boas opções, mas também bacana para quem quer sossego depois de um dia agitado de passeios.
- A segurança deve ser levada com cuidado. Vimos trombadinhas sendo abordados por policiais nas imediações da feirinha do Pajuçara. Cuidado com sacolas.
- Pesquise e pechinche nas compras. Sempre tem algum lugar que vende a mesma coisa por menos.
- Água de coco por R$ 2,00, mas alguns ambulantes vendem por R$ 5,00 quando vê que é turista.


Finalizando

No geral o planejamento e a pesquisa foram essenciais para que desse tudo certo. O que eu faria diferente? Diminuiria um dia em Maragogi e dois dias em Maceió e incluiria duas pernoites em Piranhas para conhecer o Canyon do São Francisco e a Rota do Cangaço no sertão nordestino entre Alagoas e Sergipe. Espia aqui. Disseram que dava para fazer o Canyon no bate e volta, mas passa-se muitas horas na estrada para apensa duas no passeio. Cansativo.

Sobre alimentação, duas dicas, tanto para Maragogi como para Maceió:
- os pratos para dois nos restaurantes servem tranquilamente quatro pessoas e se faltar, é só acrescentar com alguma uma porção que dá certo.
- não peça carne vermelha. A região é para se comer peixe, e tem de todo jeito e tipo, mas carne vermelha, esquece. No máximo, se enjoar, arrisque num franguinho.

Não esqueçam de entrar nos links para ver os passeios detalhado e lógico, divulguem. Se fizerem esse roteiro, ou parte dele, comente aqui suas dicas, críticas e sugestões.

Fiquem com essa panorâmica de Dunas do Marapé ao sul de Maceió. Outro encontro de rio com mar.



Até a próxima trip!


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ROTEIRO EM FORTALEZA = Um dia na Praia de Lagoinha, a mini Jericoacoara.

Introdução:

Como sempre faço antes de começar no assunto, relembro posts anteriores caso esteja pesquisando sobre o litoral do Ceará:



Para quem vai ficar uns dias em Fortaleza não pode deixar de conhecer as praias do litoral oeste e também do litoral leste. Mais uma vez coloco o mapa que nada mais é do que um quadro do hotel que ficamos em Fortaleza, que aliás super indico: Hotel Casa de Praia. Posteriormente farei um post sobre a Capital e lá conto pra vocês mais detalhes.



Como podem ver, o litoral cearense é divido, a partir de Fortaleza, como litoral leste (sentido Canoa Quebrada) e litoral oeste (sentido Jericoacoara) e é absolutamente possível estar hospedado na capital e fazer passeios de um dia para conhecer algumas praias interessantes.

As agências de turismo oferecem passeios de um dia para:
Litoral Oeste: Lagoinha, Cumbuco, Mundaú
Litoral Leste: Águas Belas, Morro Branco, das Fontes e Canoa Quebrada.

No post sobre Fortaleza descreverei melhor cada um deles, faixa de valores e distancias.


Lagoinha:
A praia da vez e minha queridinha.





Fica a 120 km de Fortaleza e falésias, coqueirais e um mar verdinho compõe a paisagem.
A OceanView nos pegou num ônibus climatizado e confortável  pontualmente às 9h20 (o horário vai depender do hotel em que você está hospedado).
O guia (Felipe) foi uma atração à parte. Super bem informado, divertido e como num show de comédia, foi falando sobre a região, curiosidades e história. Quando percebemos, já haviam passado 40 minutos e estávamos lá!
Somos deixados no Restaurante Manzari, equipado com banheiros, duchas, e armários a R$ 5,00 a locação. Logo na chegada podemos pedir o almoço para que na volta do passeio opcional ele seja servido em poucos minutos.
Imagem da internet
Fotografei o cardápio para que você tenha ideia do que é servido e quais os valores. Lembro que os pratos servem 2 tranquilamente.

Sobre os passeios opcionais o que tenho a dizer é que em sua maioria vale muito a pena para que aproveitemos ao máximo o dia. No caso de Lagoinha fizemos o  3 em 1 com duração de 1h40 e que inclui o pau-de-arara, catamarã e buggy passando por lagoas com águas límpidas, coqueirais. Sabe as redes na beira da praia que tem em Jericoacoara? Lá também tem!
Partimos para o pau-de-arara onde o guia local também era humorista. Piadas e muita gozação alegram o caminho em meio à paisagem linda.



Aqui vou abrir um parêntesis e se você viaja em casal e curte fotos vai gostar dessa dica. No início um fotógrafo vai se oferecer para registrar seus melhores momentos no lugar, como um book. Foram um dos R$ 25,00 mais bem pagos pra mim que amo fotos. Acesse o facebook do Thaylan Andrade Fotógrafo e veja como vale a pena ter uma recordação mais elaborada em Lagoinha. As fotos desse post foram feitas por ele.









Terminado o percurso no pau-de-arara embarcamos num catamarã que nos leva ao outro lado da Lagoa.
A partir de lá nos dividimos em 4 por buggy e passamos por lugares lindos, pelas areias das dunas ou beirando o mar com algumas paradas como a Lagoa das Almécegas e Lagoa do Jegue.


Ao voltar do passeio para o Restaurante Manzari, tomamos uma ducha, almoçamos e ainda tivemos um tempinho para bater papo com o pessoal que conhecemos durante o passeio. Por volta das 17h já estávamos entregues no hotel, ainda encantados com dia que passamos naquele paraíso.
O interessante desses passeios é que podemos desfrutar durante a semana, com público razoavelmente baixo.
Fica a dica: visite Lagoinha e desfrute de suas águas límpidas, de paisagens belíssimas, natureza preservada e simplesmente surpreendente!
Indico:
OceanView para agendar seu passeio

Hotel Casa de Praia para se hospedar em Fortaleza - Praia de Iracema, o bairro mais tradicional da capital. Procurem em o Rodrigo e o Willy.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

4 dias num paraíso chamado Jericoacoara

Se quiser uma geral sobre chegada, acesse o post anterior aqui. Nesse post o papo vai ser longo porque vou descrever o passo a passo da nossa aventura em Jeri e ao final os contatos das nossas indicações. Nossas impressões sobre o caribe cearense são as melhores e mais intensas, tanto que nem vou me ater a descrevê-las, a não ser por algumas fotos.

Fomos pra lá em agosto, que é um mês de muito vento e alta temporada para os que praticam esportes como o kitesurf.  
  
imagem da internet



A vila fica repleta de gringos e até parece que você está fora do país (risos). Em agosto também se consegue ver o pôr do sol pela brecha da Pedra Furada e mais a frente verão as fotos que fizemos.

Enfim, vamos ao que interessa. Antes de sair de São Paulo programamos nossa ida até Jeri, que seria imediatamente ao chegarmos. No post anterior falei das formas de chegar em Jeri. Nós, por questões óbvias, optamos pela mais econômica.

A FRETCAR e tem saídas pela manhã, tarde e início da noite, partindo do Aeroporto ou Rodoviária e outros pontos na Av. Beira Mar.

Nós chegamos na capital do Ceará numa quinta-feira, às 13h00 e compramos o transfer até Jeri pela FRETCAR via internet ainda em São Paulo e deu super certo e é possível comprar o trecho todo, ônibus e jardineira inclusos. A jardineira (pau de arara) fará o trecho final de Jijoca até Jeri que só é possível fazer assim ou de 4x4.

O passo a passo de como chegamos lá:
Ao chegar no Aeroporto, com o voucher da FRETCAR impresso, vá até o guichê da Casablanca que fica no 1º andar. Lá eles vão imprimir sua passagem e perguntar se preferem pegar o ônibus da FRETCAR no Aeroporto ou na Rodoviária. Escolha ser pego no Aeroporto porque o taxi até a Rodoviária fica uns R$ 40,00 e a comodidade de pegar o ônibus ali mesmo sai por R$ 15,00 por pessoa. Ligue na FRETCAR e confirme esse valor, que deverá ser pago em dinheiro na Casablanca.
No horário combinado o ônibus sai do Aeroporto, passa na Rodoviária e segue a caminho de Jijoca por 4h30 com uma parada de 15 minutos. Viagem tranquila, em ônibus semi-leito e climatizado.

imagem da internet


Em Jijoca, numa praça é feito o desembarque e embarque na Jardineira. São super organizados e pontuais, levando os passageiros até Jeri num trajeto de 1h30 aproximadamente. Se fizer o percurso durante o dia, vá com a câmera na mão porque a paisagem é linda, passando por vilarejos, dunas, beira de praias, riachos.





Nós chegamos em Jijoca à noite porque pegamos o ônibus executivo das 15h45. O trecho até Jeri foi sob a luz da lua porque não há iluminação pública. Confesso que eu estava com receio, mas foi uma delícia, principalmente porque fui batendo papo o caminho todo.

Chegamos em Jeri 22h20 e eles nos deixam na Rua do Forró, numa praça. Lá vários nativos se oferecem para carregar sua bagagem até a pousada por um valor simbólico, porque tudo é feito à pé, em ruas de areia, sob a luz da lua e da iluminação dos estabelecimentos locais que ficam bem movimentados à noite. Não se preocupe, tudo é muito tranquilo.

Abaixo está um mapa da vila, que é bem pequena, com ruas de areia e sem iluminação noturna.





Onde se hospedar:
Qualquer pousada é perto de tudo, mas se puder ficar próximo às ruas do Forró e Principal, é melhor. Lá está o 'fervo' com restaurantes, lojinhas, feirinhas de artesanato.
Nós ficamos na Pousada Azul, na Rua das Dunas. Fica a dez minutos de caminhada até a Duna do Pôr do Sol. Gostamos da pousada que era econômica, limpa, com ambiente agradável, mas o atendimento foi um pouco 'solto'. De tão à vontade não nos sentimos acolhidos, ao contrário dos gringos que estavam hospedados lá há 20 dias para praticar o kitesurf e estavam super familiarizados. Entravam na cozinha para preparar refeições, faziam churrascos. Enfim, fique à vontade para pesquisar e encontrar alguma de acordo com seu perfil.

O que fazer por lá?
Como nós tínhamos apenas dois dias inteiros, fizemos o básico que todo turista faz:

O passeio de Tatajuba, região a 35 km ao leste de Jeri e passa pelo Mangue Seco, Travessia de balsa no Rio Guriú, Velha Tatajuba, Nova Tatajuba, Dunas fixas, Coqueiro solteiro, Duna do Funil, Lagoa da Torta, Ilha do Amor, Floresta de Tatajuba.













  
O passeio das Lagoas segue pelo lado oeste, sentido á praia do Preá, passando pelo Parque Nacional de Jericoacoara, Árvore da Preguiça, Lagoa do Paraíso, Lagoa Azul, Lagoa do Coração. Abaixo vocês vão notar umas fotos mais produzidas que foram feitas na minha xodó Lagoa do Paraíso. Lá um jovem polonês nos ofereceu um book por R$ 30,00 e topamos. Ficaram bacanudas! 























Pôr do Sol nas Dunas, uma caminhada leve, porém inclinada, de uns 15 minutos. Se não quiser subir, dá pra ficar embaixo também que a beleza é a mesma. Lá em cima venta muito, portanto vá de óculos e uma canga para se proteger se quiser. Uma garrafinha de água é bem-vinda. Prepare-se para aplaudir ao final. É lindo.




Pôr do Sol na Pedra Furada é uma caminhada puxada de 40 minutos de muita areia, pedras, subidas e descidas, mas dá pra ir, devagarzinho, sem pressa. Quando a gente está lá embaixo, o cansaço passa. Como eu mencionei, em julho e agosto o sol passa pela brecha da pedra ao se pôr.
A volta é feita por uma subida bem íngreme, mas charretes ficam no topo caso não aguente o restante da caminhada. Se não me engano, cobram R$ 5,00 até a vila.





Os passeios de Tatajuba e Lagoas são oferecidos na praça e ruas principais ou na própria pousada. Devem ser feitos de buggy que leva até 4 pessoas. O bugueiro pega na pousada às 9h e a volta é por volta das 16h e os trajetos eles sabem de cor. Um casal de amigos nossos que ficou mais dias em Jeri e voltou em outros dias para lugares que haviam curtido no roteiro pegaram um bugueiro bacana que os levou num lugar onde a lagosta custava R$ 6,00, ou seja, além dos roteiros turísticos é possível fazer passeios alternativos se tiver tempo.

Os bugueiros cobram o dia, independente se vão 1 ou 4 pessoas e o valor varia em torno de R$ 200,00, mas dá pra chorar.
Nós tivemos sorte de pegar um bugueiro bem legal que explicava tudo sobre os pontos de parada e tirava fotos nossas. Ele faz parte da equipe do conhecido Brad Pitt, que fica ali no Bar do Bigode.


O que comer?
Lá você vai encontrar vários restaurantes bons, a maioria gerenciada por gringos. No cardápio muito peixe e frutos do mar, mas também há opçoes com carne vermelha, frango,  massas. Caldos e tapiocas salgadas e doces também são boa opção. As porções são bem servidas, mas se você é paulista como nós vai estranhar a massa das pizzas que são muito finas e crocantes.
Não deixe de provar  um sorvete na Gelato!


Amigos antigos e novos para a pizza de massa fina crocante


Diversão...
A noite em Jeri é bem agitada e há lugares onde poderá curtir e dançar forró.

Enfim, em dois dias inteiros nós pudemos aproveitar bem, mas se tiver uns dias a mais mergulhe na oportunidade. A vila é bem romântica, mas também abraça os solteiros. Se você precisa de acessibilidade, avalie se vale a pena porque as ruas todas são de areia de dunas, que dificulta bastante a caminhada.

Clima
Calor! Nada de tênis ou sandálias de salto. Leve roupas leves. Roupas de banho podem ser lavadas debaixo do chuveiro e secam rapidamente.
O inverno acontece de janeiro a março e se caracteriza pelas chuvas.
Da metade do ano em diante venta bastante e a areia das dunas principalmente depois dos passeios de buggy chegam a entrar no ouvido e cabelos, mesmo pesos.
Protetor solar e água sempre!


Como sair de Jeri?
Você pode fechar a sua volta durante a sua estadia lá, voltando da mesma maneira que veio ou como nós que optamos por outra empresa também conceituada que oferecia, além da Jardineira e do ônibus um passeio à Lagoa do Paraíso, minha preferida, mas numa parte diferente que se conhece no passeio das Lagoas. Nossa partida foi assim:
Uma Jardineira nos pegou às 9h na pousada e seguimos para a Lagoa do Paraíso após passar em outras pousadas para pegar mais passageiros. Chegamos no ponto de apoio às 10h30 e tivemos tempo de curtir a lagoa, tomar banho e almoçar.
Por volta de 13h30, ainda de Jardineira seguimos até Jijoca e lá pegamos um microônibus até Fortaleza. Teve ainda uma parada de 15 minutos antes de chegar ao destino final por volta das 17h30. A van nos deixou no hotel em Fortaleza porque ainda tínhamos mais alguns dias para curtir, mas isso já é para o próximo post.
Algumas pessoas foram direto para o aeroporto.

Sei que o post foi bem longo, mas bastante explicativo, principalmente aos marinheiros de primeira viagem. Dá para arriscar sem planejamento? Dá. Mas planejando os imprevistos diminuem e se aproveita mais, ok?

Abaixo, os fornecedores que utilizamos para fazerem suas pesquisas. Espero que tenham gostado, porque nós amamos aquele paraíso e pretendemos voltar!

Transfers
FretCar www.fretcar.com.br
Girafa Tur www.girafatur.com.br

Bugueiros
Brad Pitt - Luiz Jeri
facebook.com/luizjeri
luizgouveia@hotmail.com

Etiene - 85 9938-1962

Brisamar - Márcio (também tem 4x4 Fortaleza - Jeri)
85 9726-9590 / 85 8589-8454
www.facebook.com/brisamarturismo
www.brisamarturismo.com.br

Hospedagem
Azul Pousada www.azulpousada.com

Sorveteria


Gelato & Grano facebook.com/gelatoegrano